Por Jefferson Oliveira
fessonjbo@gmail.com
Arte como expressão da vida (Foto: Divulgação) |
O
riso,
a
alegria.
A
arte
circense
para
muitos
se
resume
apenas
nisso,
mas
não
para
quatro
palhaços
de
nossa
cidade:
Thiago
Lopes, 32
anos,
Amanda
Drummond, 28,
Daniele
Pinho, 30, e
Wesley
Cipriano, 36.
Para
eles
é
mais
que
um
hobbie,
é
a
própria
expressão
da
vida.
Seja nas ruas, seja nas casas, seja
nos palcos, ser palhaço para essa turma é acreditar na magia: “o
palhaço tem uma liberdade muito grande de falar de coisas sérias e
ser aceito. Todos riem, mas estamos falando de coisa séria. E nós,
como palhaços, temos uma função muito interessante: podemos entrar
no presídio, nos hospitais, nas igrejas, nas ruas; em qualquer lugar
somos recebidos de braços abertos e todos gostam”, afirma Wesley,
o Edy.
Thiago e Wesley (Foto: Divulgação) |
Aliar
as
práticas
comuns
de
seu
trabalho
com
o
dia-a-dia
talvez
seja
o
grande
trunfo
de
todos
que
pesquisam
e
fazem
uso
da
arte
circense.
Estudar,
dialogar,
entender
os
processos
que
permeiam
a
sociedade
é
o
principal
objetivo
desses
“palhaços”
que
levam
à
cidade
espetáculos
que
não
são
o
de
costume
e
quase
não
são
valorizados,
mas
que
podem
acrescentar
algo.
“Nós acreditamos em uma arte que
atrevesse o outro, mas que antes de tudo nos atravesse. O tempo todo
estamos nos confrontando como amigos, como família. Uma arte que não
se separa tanto da vida. Vivemos em um teatro que a cada dia temos
que nos reinventar”, declara Thiago, o Graveto.
Daniele e Amanda (Foto: Divulgação) |
No
processo
de
conhecer,
vale
ir
até
ao
fundo.
Com
exceção
do
Thiago
(mas
o
mesmo
sempre
está
estudando
sobre
algo
específico,
como
o
barroco
e
até
Van
Gogh),
todos
têm
alguma
formação
específica.
Wesley
está
se
formando
na
Escola
Livre
de
Palhaço,
Amanda
é
turismóloga
especializada
em
gestão
cultural
e
patrimônio
histórico
e
Daniele
é
psicopedagoga
especializada
em
artes
visuais.
Formações
que
são
usadas
para
o
crescimento
do
coletivo,
para
o
crescimento
da
cultura
local,
como
afirma
Daniele:
“temos
uma
pegada
muito
forte
com
relação
à
cultura
local,
o
resgate
do
valadarense”.
Amanda
ainda
completa:
“em
todos
os
nossos
trabalhos
buscamos
confrontar
as
realidades
da
cidade.
Desde
a
época
da
ditadura
militar,
coronelismo.
Buscamos
a
identidade
local
para
fazer
as
pessoas
refletirem”.
Reinventar os próprios pensamentos e
a cidade são ideais de quem vive dessa arte, ideias que essa turma
tenta sempre aplicar. Como disse Wesley “gente tem que gostar de
gente”, por isso, para eles é essencial as ruas, porque através
delas fazem lugares de encontro, fazem as pessoas se encontrarem,
rirem juntos. “Hoje é o que menos acontece, mas o teatro de rua
tem essa função”, acrescenta Daniele.
Ficou mt bom galera,
ResponderExcluirobrigado.
Ficou ótima a reportagem pessoal! Parabéns e obrigada!
ResponderExcluirExcelente matéria!
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