Por Vanessa Fófano
vanessafoffano@gmail.com
Era uma
vez uma presidenta espionada. E os olhos se voltam mais uma vez para
as questões menos importantes. Coitadinha é uma vítima! Assim como
alguns são vítimas da falta de saneamento básico, desemprego,
saúde e até de ratos dentro do refrigerante preferido.
Lá vem
o dia raiando e lá vai a presidenta viajando. Tratar de tirar
satisfações na Terra do Tio San porque isso não se faz! Um
mensalão aqui e outro ali tudo bem, mas espionagem? Aqui não! Cada
um no seu quadrado cuidando dos seus próprios segredos.
Todos
agem indignados. O governo determina que a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) verifique
se empresas de telecomunicações sediadas no país violaram o sigilo
de dados e de comunicação telefônica.
A Polícia Federal
instaura inquérito para
apurar as informações sobre o caso e a ministra de Relações
Institucionais afirma que vai pedir urgência
na aprovação do marco civil da internet.
Um
empenho que não se vê todos os dias e digno de ser aplaudido de pé
se não fosse a falta de articulação para resolver problemas muito
mais antigos. Chega a presidenta à Nova Iorque para Assembleia Geral
da ONU. Ela vai tratar da polêmica espionagem claro! Também
deve apresentar a posição do governo brasileiro de condenar o uso
de armas de destruição em massa, mas com cuidado para não
aborrecer os yankees afinal de contas a política da boa vizinhança
é a linguagem universal.
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