terça-feira, 29 de outubro de 2013

(OPINIÃO) #SOSEducação

Por Jefferson Oliveira
fessonjbo@gmail.com

Quem diria que aqueles vinte centavos que levaram os estudantes às ruas no dia três de junho fariam tudo isso com nosso país. As ondas de manifestações tomaram conta do Brasil e, para quem pensou que tudo iria acabar muito rápido, ou na linguagem popular, em “pizza”, se enganou. O “bombardeio” veio de todos os lados, as redes sociais foram importantíssimas para unir o povo.

Não há de se negar que em muitos lugares as vozes se calaram, mas em outro não. No Rio de Janeiro o segundo maior reduto das manifestações (na época) se tornou palco de grandes batalhas pelos direitos dos cidadãos e, quando a população abaixava a voz partia de lá os gritos de ordem contra Sergio Cabral e sua turma, gritos, aliás, que sempre começaram pelas redes sociais através das famosas hashtags como #foracabral, #vemprarua.

E quando novamente eles achavam que tudo estava terminado, surge uma nova luta. A dos professores públicos. Certamente os mais injustiçados dos nossos tempos. E novamente as redes socias fazem com que essas greves não morram. Já são mais de dois meses de manifestações só no Rio de Janeiro.

Não é novidade as manifestações não morrerem pela internet, só no Brasil os usuários de facebook chegam a 76 milhões e pelo menos 47 milhões, acessam todos os dias sua conta na rede, somos o terceiro país que mais tem perfil nesta rede e o segundo que mais acessa diariamente de acordo com dados da própria empresa, divulgado por Leonardo Tristão, diretor-geral no Brasil. Nada longe disso está o twitter com 41,2 milhões de usuários, somos nessa rede o segundo maior país. Além disso, ainda temos como rede social Instagram, Google+ e etc.

Como tudo isso seria utopia as redes sociais não se tornarem ferramentas para a luta por melhores salários, melhores condições de trabalho. O professor é aquele que forma todos, é injusto ser o que recebe menos que quase todas as profissões graduadas. E por isso o povo não se calou, e não se cala.

O povo se uniu e até os artistas abraçaram essa causa. Quando a greve completou 60 dias artistas como Sophie Charlotte, Thaila Ayala, Rômulo Neto e Fiorella Matheis publicaram fotos nos seus perfis pra manifestar o apoio aos professores. Assim escreveu Shopia Charlotte em seu perfil: "O médico que te cura, o policial que te protege, o advogado que te defende, os candidatos que te representam... Todos eles precisaram de um professor. E como está a saúde, a segurança, a justiça e a política do Brasil? Entenderam porque precisamos mudar essa história e lutar por uma educação digna para o nosso país? #PresenteProfessor #SoSEducação @movimentoreuna".

No dia dos professores as redes sociais em todo o país foram bombardeadas com homenagens, protestos e por tentativas de marcas passeatas. É por essas redes que o governo tem se manifestado sobre a greve e as ações da polícia. 

Esperamos que todo esse impasse possa se resolver o mais rápido possível, que os governantes acordem e vejam que os maiores prejudicados são os alunos que há mais de 60 dias não sabem o que é aula em pelo menos quatro estados. E enquanto isso continuemos com nossas famosas hashtags em favor dessa classe que parece ser desnecessária ao governo. #vemprarua #PresenteProfessor #SoSEducação @movimentoreuna.

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