Por Jefferson Oliveira
fessonjbo@gmail.com
Quem diria que aqueles vinte centavos
que levaram os estudantes às ruas no dia três de junho fariam tudo isso com
nosso país. As ondas de manifestações tomaram conta do Brasil e, para quem
pensou que tudo iria acabar muito rápido, ou na linguagem popular, em “pizza”,
se enganou. O “bombardeio” veio de todos os lados, as redes sociais foram importantíssimas
para unir o povo.
Não há de se negar que em muitos
lugares as vozes se calaram, mas em outro não. No Rio de Janeiro o segundo
maior reduto das manifestações (na época) se tornou palco de grandes batalhas
pelos direitos dos cidadãos e, quando a população abaixava a voz partia de lá
os gritos de ordem contra Sergio Cabral e sua turma, gritos, aliás, que sempre
começaram pelas redes sociais através das famosas hashtags como #foracabral,
#vemprarua.
E quando novamente eles achavam que
tudo estava terminado, surge uma nova luta. A dos professores públicos.
Certamente os mais injustiçados dos nossos tempos. E novamente as redes socias
fazem com que essas greves não morram. Já são mais de dois meses de
manifestações só no Rio de Janeiro.
Não é novidade as manifestações não
morrerem pela internet, só no Brasil os usuários de facebook chegam a 76
milhões e pelo menos 47 milhões, acessam todos os dias sua conta na rede, somos
o terceiro país que mais tem perfil nesta rede e o segundo que mais acessa
diariamente de acordo com dados da própria empresa, divulgado por Leonardo
Tristão, diretor-geral no Brasil. Nada longe disso está o twitter com 41,2
milhões de usuários, somos nessa rede o segundo maior país. Além disso, ainda
temos como rede social Instagram, Google+ e etc.
Como tudo isso seria utopia as redes
sociais não se tornarem ferramentas para a luta por melhores salários, melhores
condições de trabalho. O professor é aquele que forma todos, é injusto ser o
que recebe menos que quase todas as profissões graduadas. E por isso o povo não
se calou, e não se cala.
O povo se uniu e até os artistas
abraçaram essa causa. Quando a greve completou 60 dias artistas como Sophie
Charlotte, Thaila Ayala, Rômulo Neto e Fiorella Matheis publicaram fotos nos
seus perfis pra manifestar o apoio aos professores. Assim escreveu Shopia
Charlotte em seu perfil: "O médico que te cura, o policial que te protege,
o advogado que te defende, os candidatos que te representam... Todos eles
precisaram de um professor. E como está a saúde, a segurança, a justiça e a
política do Brasil? Entenderam porque precisamos mudar essa história e lutar
por uma educação digna para o nosso país? #PresenteProfessor #SoSEducação
@movimentoreuna".
No dia dos professores as redes
sociais em todo o país foram bombardeadas com homenagens, protestos e por tentativas de marcas passeatas. É por essas redes que o
governo tem se manifestado sobre a greve e as ações da polícia.
Esperamos que todo esse impasse possa
se resolver o mais rápido possível, que os governantes acordem e vejam que os
maiores prejudicados são os alunos que há mais de 60 dias não sabem o que é
aula em pelo menos quatro estados. E enquanto isso continuemos com nossas
famosas hashtags em favor dessa classe que parece ser desnecessária ao governo.
#vemprarua #PresenteProfessor #SoSEducação @movimentoreuna.
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